SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS 2019


Fonte de dados: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística / LSPA – Levantamento Sistemático da Produção Agrícola  / Janeiro de 2019.
A safra brasileira de grãos (cereais, leguminosas e oleaginosas) em 2019 está estimada em 230.709.705 toneladas, valor estimado 1,88% superior ao da safra anterior. A área estimada de colheita é de 62.135.908 hectares, superfície 1,97% maior que no ano anterior. Estima-se uma produtividade de 3.713 Kg/ha, semelhante à do ano anterior, que foi de 3.716 Kg/ha.
A Região Centro Oeste é a maior produtora de grãos do país, respondendo por 44,22% da produção nacional em 2019. O Estado de Mato Grosso, com uma produção estimada em 60.026.095 toneladas, é responsável por 26,02% da produção de grãos do Brasil em 2019. Ainda que sua participação na safra nacional de grãos seja pequena, apenas 0,25% do total, o Estado de Sergipe teve o maior aumento de produção entre 2018 e 2019, crescendo 202,34%. Apesar de terem suas produções ainda inexpressivas em relação à safra nacional: Paraíba, Pernambuco e Alagoas obtiveram aumentos substanciais em suas produções de grãos, respectivamente 77,19%, 53,56% e 98,07%.
A produção brasileirade grãos concentra-se essencialmente em duas regiões: a Sul e a Centro Oeste, que, em conjunto,  têm a estimativa de produzir 179.522.731 toneladas, que representam 77,81% da safra de grãos do Brasil em 2019. Apenas três estados brasileiros: Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul produzirão 56,80% do total nacional nesta safra.
As culturas de milho e soja em 2019 equivalem à 88,49% do total da safra nacional neste ano; juntando-as à do arroz, estes três grãos representam 93,32% da estimativa da safra de grãos do Brasil em 2019.
Dos estados da região do MATOPIBA – Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, nova área de expansão agrícola do Brasil, apenas o Estado da Bahia tem estimativa de decréscimo, de 16,69%, em sua produção; os demais estados, apresentam expectativa de majoração de safra: Maranhão (13,75%); Tocantins (4,89%); e Piauí (6,89%).
Os maiores incrementos na produtividade na safra 2019 deverão ocorrer também em alguns estados da Região Nordeste, entre eles, o maior incremento na produtividade, estimado em 65,07%, é esperado no Estado da Paraíba; os demais são: Pernambuco (24,90%); Maranhão (14,33%); e Piauí (10,25%).




Produtos

Algodão – a safra nacional de algodão em 2019 está estimada em 5.371.364 toneladas, colhidas em uma área de 1.361.442 hectares, com uma produtividade média de 3.945 Kg/ha. A estimativa é de que a produção brasileira de algodão em 2019 seja 8,94% superior ao do ano anterior, a área colhida será 18,54% maior, sendo a produtividade reduzida em 8,10%.  O Estado de Mato Grosso é o maior produtor nacional de algodão, sua produção, que obteve crescimento de 17,58% em relação ao ano anterior, corresponde à 69,67% da produção nacional em 2019. O Estado da Bahia, com  uma participação de 19,82% no total da safra nacional é o segundo maior produtor de algodão do país. Juntos, Mato Grosso e Bahia produzem o equivalente à 89,49% da produção nacional. O maior incremento na produção de algodão na safra 2019 foi no Estado do Ceará, 117,22%, em relação ao ano anterior; o maior aumento de área foi no Estado do Piauí, que teve sua área majorada em 86,17% entre 2018 / 2019. ambos os estados, entretanto, possuem participação inferior à 1%
Arroz -  a safra de arroz no Brasil, em 2019, está estimada em 11.148.148 toneladas, 5,01% menor que a safra do ano anterior; sua área prevista é de 1.745.043 hectares, superfície 6,63% inferior à de 2018. sua produtividade, entretanto, está 1,73% maior que no ano anterior, alcançando 6.388 Kg/ha em 2019. O Estado do Rio Grande do sul é o maior produtor brasileiro de arroz, produzindo 71,24% do total de sua safra nacional, o Estado de Santa Catarina é o segundo maior produtor de arroz do país, respondendo por 9,81% da safra brasileira do cereal. O Estado do Tocantins, terceiro maior produtor brasileiro de arroz, participa com 5,86% de sua safra nacional.
Feijão – composta por três safras ao ano, a produção total de feijão em 2019 é estimada em 2.929.244 toneladas. A primeira safra é de 1.301.061 toneladas (44,42%), resultado14,07% menor que o do ano anterior; a segunda safra, com produção de 1.126.474 toneladas (38,46%) teve um incremento de 12,29% em relação à safra passada; a terceira safra, com participação de 17,13% na safra total, é de 501.709 toneladas, tendo obtido um aumento de 9,86% em relação à 2018. Destaca-se, na cultura do feijão em 2019, o incremento de 104,57% na produção de feijão 2ª safra na Região Nordeste, incremento este cujo principal vetor foi o aumento da produção de feijão 2ª safra nos estados: Sergipe (339,62%); Bahia (248,31%) e Alagoas (154,25%). O Estado do Paraná é o principal produtor de feijão do Brasil, correspondendo à 20,59% da safra nacional de feijão em 2019; o estado tem sua produção de feijão concentrada nas suas 1ª e 2safras, sendo que a 2ª safra é a maior, equivalendo à 56,33% de seu total e a 1ª safra com participação de 43,17%, sua terceira safra de feijão é inexpressiva.
Girassol – com um total de 102.608 toneladas, esta cultura participa com apenas 0,04% da produção nacional de grãos em 2019, tendo inclusive havido uma redução de 25,63% em sua produção nesta safra em relação ao ano anterior. Sua área colhida tem também uma estimativa de queda de 19,41% neste ano, comparando-se a 2018. O Estado de Mato Grosso é o principal produtor de girassol do Brasil, sendo responsável por 55,14% de sua produção nacional total nesta safra, contudo, observa-se que sua produção em 2019 tem a estimativa de ser 39,92% menor que a anterior. O Estado de Goiás é o segundo maior produtor nacional de girassol, com uma participação de 27,32% na safra nacional do produto.

Milho – o milho, produzido em duas safras, tem uma estimativa de produção de 89.426.923 toneladas em 2019, resultado 9,91% superior ao do ano anterior. Sua primeira safra, de 26.376.418 toneladas corresponde à 29,49% do total; sua segunda safra está estimada em 63.050.505 toneladas, equivalente à 70,51% da safra nacional de milho em 2019. O maior incremento previsto na produção de milho em 2019 ocorrerá na segunda safra, com um aumento de 13,36% em relação á safra anterior. A produção total de milho na safra 2019 corresponde à 38,76% da safra brasileira de grãos neste ano e sua área ocupa 27,29% da área estimada a ser colhida em 2019. O principal produtor de milho do país é o Estado de Mato Grosso, que, com uma produção de 25.348.920 toneladas responde por 28,35% da produção nacional de milho em 2019. A segunda safra de milho do estado de Mato Grosso corresponde à 39,78% da segunda safra brasileira de milho. O Estado do Paraná é o segundo maior produtor nacional de milho, com participação de 17,65% na safra brasileira de milho em 2019. Observa-se que a Região Nordeste tem a estimativa de obter um expressivo incremento de 172,19% em sua produção na segunda safra de milho em 2019; este incremento é oriundo especialmente do aumento obtido nos estados: Bahia (573,92%); Alagoas (256,96%); Sergipe (223,41%) e Maranhão (132,01%).
Soja -  principal produto da safra de grãos do Brasil, representando 49,73% da produção nacional de grãos em 2019, a soja tem uma estimativa de produção de 114.721.472 toneladas neste ano, valor 2,64% inferior ao do ano anterior. A expectativa é de que a área colhida de soja tenha um total de 35.581.176 hectares, superfície 2,01% maior que a do ano anterior. O que se espera é uma redução de 4,56% em sua produtividade, que será de 3.224 Kg/ha. A Região Centro Oeste é a maior produtora de soja do país, com participação de 45,18% na sua safra total, entretanto, sua produção em 2019 é 2,27% menor que a do ano anterior, pois, mesmo havendo um aumento na estimativa de sua área colhida de 2,35%, sua produtividade deve apresentar uma queda de 4,51%. O maior produtor de soja do Brasil é o Estado de Mato Grosso, sua produção de 31.452.680 toneladas corresponde à 27,42% da produção nacional de soja em 2019, significando ainda 13,63% da safra brasileira de grãos em 2019. O Estado do Rio Grande do Sul participa com 16,22% e o do Paraná com 14,86% da produção de soja do Brasil em 2019. Juntos, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná respondem por 58,50% da produção brasileira de soja em 2019. Os maiores incrementos na produção de soja em 2019 são esperados nos estados do Pará (19,42%) e Amapá (10,66%).

SAFRA MUNDIAL DE GRÃOS 2019


Fonte de dados: IGC – International Grains Council
A safra mundial de grãos de 2019 está estimada pelo IGC – InternationalGrainsCouncilem 2,121 bilhões de toneladas, valor 0,96% inferior ao do ano anterior. Em relação à safra de 2016/17 este total é também 2,96% menor. Observa-se que o consumo de grãos previsto para 2019 é de aproximadamente 2,174 bilhões de toneladas. Os Estados Unidos, com uma produção prevista de 431,6 milhões de toneladas em 2019 é o maior produtor mundial de grãos, sendo responsável por 20,35% da produção global de grãos. A China é o segundo maior produtor mundial de grãos, sua produção em 2019 está estimada em  397,3 milhões de toneladas, o que representa 18,73%. O Brasil, com 230,7 milhões de toneladas estimadas para 2019 produzirá 10,88% do total de grãos que serão colhidos globalmente em 2019. Observa-se que Estados Unidos, China e Brasil, juntos, produzem 49,96% da safra global de grãos em 2019. Abaixo apresenta-se a produção de grãos dos principais países produtores e suas respectivas participações na safra global de grãos em 2019.

O milho é o grão mais produzido mundialmente, estima-se que sua produção em 2019 será de 1,109 bilhão de toneladas, cerca 52,29% da safra mundial de grãos neste ano. O maior produtor mundial de milho é o Estados Unidos, sua produção, de 366,3 milhões de toneladas equivale à 33,03% da safra global de milho em 2019. A China é o segundo maior produtor mundial de milho, participando com 23,20% da produção mundial de milho, decorrente de sua safra de 257,3 milhões de toneladas prevista para 2019. Com uma produção estimada em 89,4 milhões de toneladas em 2019, o Brasil participa com 8,06% da safra global de milho neste ano.
A projeção para a safra mundial de soja em 2019 é de 358,4 milhões de toneladas, valor 5,23% superior ao do ano anterior. A soja representa 16,90% da safra mundial de grãos em 2019. Os três principais produtores mundiais são: Estados Unidos, com 123,7 milhões de toneladas (34,51% da produção global de soja); Brasil, com 114,7 milhões de toneladas (32% da produção global de soja); e Argentina, com 54,2 milhões de toneladas (15,12% da produção global de soja). Juntos, estes três países produzirão 81,64% da safra mundial de soja em 2019.
O arroz tem uma estimativa de produção de 494,8 milhões de toneladas em 2019, superior 0,16% em relação à produção do ano anterior. A China e a Índia são os maiores produtores mundiais com produções de 148,5 e 115,5 milhões de toneladas respectivamente.

COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO E DO AGRONEGÓCIO EM JANEIRO DE 2019

Fonte de dados: MIDC - Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços / Janeiro de 2019.
Fonte de dados: MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento / Janeiro de 2019.

As exportações brasileiras em Janeiro de 2019 somaram US$ 18.578.919.238, resultado 9,11% superior ao do mesmo mês do ano anterior. As importações também avançaram, 15,37% sobre o mesmo mês do ano anterior, alcançando US$ 16.386.529.724. Em decorrência do aumento das importações ser maior que o das exportações, o saldo comercial, de US$ 2.192.389.514, declinou em 22,38% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
O principal produto exportado pelo Brasil em Janeiro de 2019 foi o óleo bruto de petróleo, o minério de ferro e seus concentrados ocuparam a segunda posição. A celulose foi o produto do Agronegócio mais bem colocado no ranking brasileiro de exportação em Janeiro de 2019.


No mês de Janeiro de 2019, a China foi o principal destino das exportações brasileiras. As vendas externas do Brasil para este país somaram US$ 3.878.573.577, representando 20,88% das exportações totais brasileiras em 2019. Os Óleos Brutos de Petróleo foram os produtos de exportação nacional mais consumidos pela China, equivalendo à  30,68% do total de suas compras do Brasil e, ainda, representando 57,49% do total destes produtos, exportados pelo país.
A China foi ainda a principal compradora de Minérios de Ferro e seus Concentrados, Celulose e Soja, vendidos pelo Brasil neste mês de Janeiro de 2019. Sendo o principal comprador da soja brasileira, a China adquiriu 91,71% da Soja, 50,28% do Minério de Ferro e 36,75% da Celulose, vendidos pelo Brasil em Janeiro / 2019. O Estados Unidos é o segundo principal comprador das exportações brasileiras em Janeiro / 2019, para este país, as vendas externas do Brasil neste mês alcançaram US$ 2.311.471.279, representando 12,44% do total exportado pelo país neste ano.
Deve-se observar, entretanto, que, apesar de ser superavitário na série histórica anual, o saldo comercial do Brasil com a China foi deficitário neste mês de Janeiro de 2019 na ordem de US$ 1.207.567.598, resultante das compras de soja ainda não estarem sendo realizadas efetivamente. Com os Estados Unidos, segundo principal comprador este mês, o saldo comercial do Brasil foi superavitário em US$ 44.149.699.
O Panamá, cujas compras dos produtos brasileiros tiveram um aumento de 204,31% entre 2017 e 2018, foi o terceiro maior comprador das vendas externas do Brasil, com US$ 1.339.525.237 em Janeiro de 2019. Entretanto, deve-se observar que, deste valor, 96,16% representam um tipo apenas de produto, que são as Plataformas de Perfuração ou Exploração, Dragas e similares.



Observa-se que o maior saldo comercial do país, em janeiro de 2019, foi com o Panamá, que não possui uma tradição de comércio exterior de grande monta com o Brasil. Deve-se enfatizar que o saldo com o Panamá corresponde à 99,90% das exportações do Brasil para este país.
O Complexo Soja, principal produto de exportação do Brasil e que compreende a soja em grão, o farelo de soja e o óleo de soja, em janeiro de 2019 teve vendas externas de US$ 1.329.751.706. A soja em grãos, mesmo triturada, com US$ 815.015.785 de faturamento em janeiro de 2019 representou 61,29% do total do Complexo Soja vendido ao exterior neste ano.
O Estado de São Paulo é o maior exportador brasileiro, em janeiro de 2019 suas vendas equivaleram à 18,68% do total exportado pelo país. Com uma exportação total de US$ 2.648.148.193, o Estado do Rio Grande do Sul foi o segundo maior exportador do Brasil em janeiro de 2019. Seu principal produto exportado foi Plataforma de Exploração ou Perfuração flutuantes ou submersíveis, com vendas externas que somaram US$ 1.288.140.487.


Exportações do Agronegócio

Em Janeiro de 2019 o Agronegócio brasileiro exportou US$ 6.626.357.268, o que representa 35,67% do total das exportações brasileiras em 2019. Os produtos florestais foram os que obtiveram melhor resultado nas exportações do Agronegócio no mês de janeiro de 2019, suas exportações, de US$ 1.451.552.315, equivaleram à 21,91% das exportações do Agronegócio neste mês. Dentre os produtos florestais, a Celulose foi a de maior faturamento externo neste mês, com vendas de US$ 1.018.473.605.
O Complexo Soja (grão, farelo e óleo), principal produto de exportação do Brasil, obteve em janeiro de 2019 um rendimento de US$ 1.329.688.259, participando com 20,07% no total das exportações do Brasil neste mês. Observa-se que o produto está em plena colheita e que suas exportações se ampliam a partir de seu término. A venda externa da soja em grãos, exceto para semeadura, alcançou US$ 814.918.485, representando 61,29% do total das exportações do Complexo Soja em janeiro de 2019. A exportação de soja em grãos para semeadura em janeiro de 2019 foi de US$ 97.300. Santa Catarina foi o principal estado exportador de soja em grão para semeadura neste mês, com participação de 55,50% no total; as vendas externas da soja em grão para semeadura pelo Estado do Rio Grande do Sul equivaleram à 44,46% do total. 


A China, em janeiro de 2019, foi o principal comprador dos produtos de exportação do Agronegócio brasileiro, importando US$ 1.524.718.585, o que representa 23,01% do total das vendas externas do segmento. A soja representou 49,02% do total das vendas do Agronegócio brasileiro para a China em janeiro de 2019; os produtos florestais, com o equivalente à 25,98% do total foram o segundo produto de exportação do Agronegócio do Brasil mais vendido para a China neste mês, especialmente a celulose, que representou 94,45% destes produtos neste mês.


A União Europeia foi o segundo maior comprador dos produtos do Agronegócio brasileiro em janeiro de 2019, suas compras representaram 19,70% das exportações do Agronegócio do país neste mês.
Com 14,22% de participação nas exportações totais do Agronegócio do Brasil, o Estado do Rio Grande do Sul foi seu maior exportador, com Mato Grosso logo em seguida, com 14,14% de participação no total. Os produtos florestais foram o principal produto do Agronegócio exportado pelo Rio Grande do sul neste mês, representando 36,95% de seu total. Dentre os produtos florestais comercializados externamente pelo Rio Grande do Sul em janeiro de 2019, a celulose representou 88,44% de seu total. 

CAR – CADASTRO AMBIENTAL RURAL - ANÁLISE DOS DADOS / 2018.


Fonte de dados: SICAR – Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural / Serviço Florestal Brasileiro.

Os dados do CAR, relativos a 2018, demonstram que o Brasil possui 5.498.416 imóveis cadastrados, somando uma área cadastrada de 503.834.037 hectares. Registra-se que nestes totais estão computados 26.670 imóveis rurais, que totalizam 32.836.553 hectares e que encontram-se em Unidades de Conservação da Natureza de Uso Sustentável, onde permite-se a permanência de populações tradicionais. Estes imóveis rurais estabelecidos nestas Unidades de Conservação representam somente 0,49% do número total das propriedades registradas no CAR, contudo, sua área equivale à 6,52% da área total cadastrada no CAR.
Considerando, de acordo com o IBGE (2017 / publicado no D.O. nº 124 de 26/06/2018), a área do território nacional em 851.575.909 hectares, observa-se que a área total das propriedades rurais no Brasil, de acordo com o CAR – Cadastro Ambiental Rural representa 59,16% do território brasileiro. Abaixo, apresenta-se, por regiões brasileiras, a divisão destas áreas e das propriedades rurais, segundo o CAR.



O que se observa, dos gráficos acima, é que a maior área cadastrada no CAR pertence à Região Norte, que, entretanto, possui o segundo menor número de propriedades rurais registradas no Cadastro. Destaca-se que a Região Nordeste apresenta o maior número de imóveis rurais cadastrados no CAR e que, a Região Centro Oeste, maior produtora de grãos do Brasil, é a que possui o menor número de imóveis cadastrados. No gráfico abaixo são apresentados os dados de área regional em hectares, a área cadastrada do CAR em hectares e o percentual destas em relação à área regional.


Nota-se, nos gráficos acima, que a Região Centro Oeste é a que possui maior área cadastrada no CAR em relação à sua área territorial, seguida pelas regiões Sul e Sudeste; estas três regiões são as principais produtoras do país.
Da área das propriedades rurais cadastradas no CAR, 205.030.237 hectares são áreas com Remanescentes de Vegetação Nativa, que correspondem à 40,69% da área total cadastrada das propriedades. As áreas de Reserva Legal (RL) somam 114.983.978 hectares, equivalentes à 22,82% da área dos imóveis rurais; as Áreas de Preservação Permanente (APP) possuem 21.318.976 hectares, que representam 4,23% da área das propriedades cadastradas no CAR. De acordo com os dados cadastrados no CAR, o Brasil possui 1.750.882 nascentes. Abaixo, gráfico com o número de nascentes por estado no Brasil.


Efetivamente, o berço das águas do Brasil é o Estado de Minas Gerais, suas quase 300 mil nascentes representam 17,09% do total das nascentes em território nacional, que estejam declaradas no CAR. Apenas quatro estados: Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso, contêm em seus territórios 56,80% das nascentes do Brasil.
Um dado importante, extraído do CAR, apresentado nos gráficos abaixo, são as áreas remanescentes de vegetação nativa contidas em cada estado e sua relação com a área cadastrada das propriedades rurais.




Como se pode observar pelos gráficos acima, Amazonas, Mato Grosso e Pará são os estados que possuem a maior área de vegetação nativa remanescente do país, presumivelmente em função de suas grandes extensões territoriais.
Observa-se também, que os estados da Região Amazônica são os que possuem omaior percentual de áreas de vegetação nativa remanescentes em relação à área das propriedades rurais, devendo-se ter consideração, neste contexto, pela legislação ambiental diferenciada para o Bioma Amazônico, com restrições mais severas ao desmatamento.

EDITORIAL


“O respeito ao criador da riqueza é o começo da solução da pobreza”. Roberto Campos.

Agroambiental MT é uma publicação mensal, que acredita possível o equilíbrio entre a produção e a preservação ambiental. Mais que acreditar nesta possibilidade, apresenta dados que respaldam o desenvolvimento do Brasil neste sentido. O Brasil produz mais e com maior sustentabilidade é o que apontam, irrefutavelmente, os indicadores disponibilizados por órgãos oficiais de segmentos diversos.
Ainda que recebam infundadas críticas, evidentemente alicerçadas em ideologias e não em fundamentos científicos, o Agronegócio e os Produtores Rurais brasileiros são, efetivamente, os que mais preservam o meio ambiente no Brasil, especialmente a vegetação nativa e as nascentes, o que se demonstra nesta edição, em bases científicas.
Ao longo dos anos, e de forma mais intensa atualmente, o crescimento da produção agrícola brasileira ocorreu muito mais em função de aumentos de produtividade do que por aberturas de novas áreas para plantio, trazendo riquezas ao campo brasileiro e ao país como um todo, principalmente em função dos vultosos saldos de exportação do Agronegócio, de sua ampla participação na formação do PIB nacional e da geração de empregos, cada vez mais qualificados e bem remunerados.
O produtor rural brasileiro é hoje um empresário de alto nível, que deve entender tanto de economia e mercados externos, quanto de climatologia; que conhece tanto de adubos e defensivos agrícolas, quanto de preservação de nascentes; que sabe tanto de administração de negócios, quanto de técnicas de proteção de solos e recuperação de áreas erodidas ou degradadas, que respeita tanto as tradições do mundo rural, quanto os avanços científicos e tecnológicos aplicados no Agronegócio.
O Brasil, um dos principais produtores e exportadores de alimentos, bioenergia e fibras do mundo e que ainda mantém cerca de 70% de seu território preservado merece profundo respeito; assim como deve ser reverenciado o proprietário rural, que tanto produz e que tanto preserva.

SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS 2018


No mês de dezembro de 2018, o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística efetuou a décima segunda estimativa da safra de grãos 2018 no Brasil, que apontou para uma produção da ordem de 226.453.181toneladasde (cereais, leguminosas e oleaginosas), colhidas em uma área de 60.938.140 hectares. O produto colhido foi 5,88% menor e a área colhida 0,41% inferior ao ano anterior (devendo-se considerar que o ano de 2017 foi excepcional). A produtividade média da safra brasileira de grãos de 2018 teve também um decréscimo de 5,50% em relação ao ano de 2017, passando de 3.932 para 3.716 Kg/ha.


A Região Centro Oeste possui a maior representação na produção de grãos no Brasil, produzindo 44,61% do total da safra brasileira de grãos em 2018. A Região Sul é a segunda maior produtora, com 32,90%. Entretanto, observa-se algumas características distintas em relação às duas regiões: a Região Sul é a menor do país, representando somente 6,77% do território brasileiro, enquanto a região Centro Oeste ocupa quase três vezes mais, cerca de 18,86% da área do Brasil;contudo, destaca-se que a Região Sul possui 33,78% de sua área ocupada com o plantio de grãos, enquanto na Região Centro Oeste este percentual é de apenas 15,77%, dispondo, consequentemente, de uma ampla área para expansão de lavouras, inclusive com grandes áreas de pastagens à serem incorporadas à produção de grãos.





Outros fatores que influenciam o potencial de crescimento da produção no Centro Oeste são ainda: sua topografia favorável; menores restrições ambientais em relação à região amazônica; boas condições de solo e clima; crescente profissionalização e qualificação dos produtores e empregados rurais; maciços investimentos em tecnologia; apoio técnico de grandes empresas do setor.
Destaca-se, em 2018, o avanço da produção de grãos na Região Nordeste, que obteve um acréscimo de 6,95% em sua produção de grãos entre 2017/2018, com sua participação relativa na produção total de grãos no país aumentado 13,61% neste período.
A área colhida de grãos no Brasil em 2018, de 60.938.140 hectares, equivale à apenas 7,16% de seu território, se forem consideradas as demais principais lavouras do país, de acordo com os dados do IBGE (https://sidra.ibge.gov.br), em 2018 alcançou-se uma área plantada de 76.059.819 hectares, o que corresponde à 8,93% da superfície brasileira.
Neste contexto, a maior área plantada no Brasil é a de soja, cultura que ocupa 34.880.868 hectares, representando 57,24% da área total plantada no país em 2018. Juntas, as culturas de milho, arroz e soja, correspondem à 87,15% da área e 93,15% da produção total de grãos do Brasil em 2018.


PRODUTOS
Algodão  na safra de 2018, o algodão teve um aumento de 28,44% em relação à safra anterior, tendo sido o maior aumento entre os grãos produzidos neste ano. Sua produção de 4.930.518 toneladas correspondeu à 2,21% da safra nacional de grãos em 2018. A Região Norte do Brasil foi a que apresentou maior aumento na produção entre 2017/2018, 61,89%, incrementado principalmente pelo Estado de Roraima, que majorou sua produção em 764,20% entre 2017/2018. Na Região Nordeste, os estados do Ceará (152,58%), Alagoas (75,86%) e Paraíba (64,27%) foram os que tiveram maiores aumentos de produção. A principal produtora de algodão do Brasil é a Região Centro Oeste, que corresponde à 69,57% do algodão produzido no país, houve um incremento de 22,03% na sua produção entre 2017/2018. Na Região Centro Oeste, 92,78% do algodão é produzido no Estado de Mato Grosso, maior produtor do país, com sua produção correspondendo à 64,55% do total de algodão produzido no Brasil.
Arroz– cultura presente em todos os estados brasileiros, a safra nacional de arroz em 2018, de 11.736.353 toneladas, teve um decréscimo de 5,75% em relação à 2017. Produzindo 82,02% do arroz brasileiro, a Região Sul é a maior produtora de arroz do país, especialmente no Estado do Rio Grande do Sul, responsável por 71,59% da produção nacional. Destacam-se o Estado do Amazonas, cuja produção de arroz cresceu 164,35% entre 2017/2018 e o Estado da Paraíba, onde a cultura do arroz obteve um crescimento de 149,53% em sua produção.
Feijão– a produção total de feijão no Brasil em 2018 foi de 2.973.932 toneladas, uma queda de 9,64% entre as safras de 2017/2018. Suas três safras apresentaram queda em relação ao ano anterior: a primeira safra, mais expressiva, com produção de 1.514.084 toneladas, representando 50,91% do total, teve um decréscimo de 3,06%; a segunda safra, de 1.003.147 toneladas, que corresponde à 33,73% do total, foi 15,38% menor que a anterior; a terceira safra, a menor delas, de 456.701 toneladas, com participação de 15,36% na produção total foi a que apresentou a maior diminuição, 16,02% menos que em 2017. À exceção da Região Norte, cuja produção de feijão representa somente 2,51% da safra nacional, as demais regiões apresentam equilíbrio na participação na produção total de feijão no Brasil: Nordeste (18,83%), Sudeste (27,08%), Sul (27,14%) e Centro Oeste (24,43%). O Estado do Paraná é o maior produtor de feijão do Brasil, sua produção de 585.100 toneladas equivale à 19,67% da safra nacional.
Girassol– a safra brasileira de girassol em 2018 foi de 137.969 toneladas, resultado 33,51% maior que na safra anterior, puxado especialmente pelo aumento de 51,77% na safra da Região Centro Oeste, que é a maior produtora de girassol do Brasil, suas 123.387 toneladas representam 89,43% da produção brasileira do girassol. O Estado de Mato Grosso é o maior produtor de girassol do Brasil, entre 2017/2018 sua produção teve um crescimento de 71,44%, alcançando 94.176 toneladas em 2018, que correspondem à 68,26% da safra nacional.
Milhoem 2018, a produção brasileira de milho, de 81.364.535 toneladas, foi 18,26% inferior à de 2017; ressalta-se, entretanto, que 2017 foi um ano de recorde na lavoura do milho, com condições excepcionais de clima. A Região Centro Oeste é a principal produtora de milho do Brasil, produzindo 52,91% do total do milho brasileiro. A segunda safra de milho da Região Centro Oeste representa 73,24% da produção da primeira safra brasileira e 50,07% do total do milho produzido no Brasil. A produção total de milho no Brasil divide-se em duas safras: a segunda safra de milho é 116,06% superior à primeira safra, resultado alcançado principalmente pela produção do Estado de Mato Grosso, que ocorre em sua maior parte (98,82%) em segunda safra. O Estado do Paraná, segundo maior produtor de milho do Brasil produz o equivalente à 14,58% da produção nacional, tendo também sua maior produção (75,66%) em segunda safra.
Soja- principal produto agrícola do Brasil, a produção de soja em 2018 foi de 117.833.492 toneladas, 2,48% maior que em 2017. A Região Centro Oeste, maior produtora de soja do Brasil, produz 45,01% do total nacional; a Região Sul é a segunda maior produtora de soja no país, produzindo o equivalente à 33,23% do total. A Região Nordeste, apesar de ter pequena participação (9,73%) na safra nacional de soja, vem aumentando sua produção de soja mais que as demais regiões, que cresceu 20,86% entre 2017/2018. 
Destacando-se o crescimento da região do MATOPIBA - Maranhão (17,85%), Tocantins (4,52%), Piauí (22,25%) e Bahia (21,59%). Na Região Nordeste também se destaca o crescimento da produção de soja no Estado de Alagoas, da ordem de 854,55% entre 2017/2018. O Estado de Mato Grosso é o maior produtor de soja do Brasil, sua produção de 31.608.562 toneladas em 2018 corresponde à 26,82% da produção total brasileira de soja neste ano. Com uma produção de 19.266.672 toneladas em 2018, equivalente à 16,35% da safra brasileira de soja, o Estado do Paraná é o segundo maior produtor de soja do Brasil; o estado do Rio Grande do Sul, com uma produção de 17.538.575 toneladas é o terceiro maior produtor de soja do Brasil, respondendo por 14,88% de sua produção total em 2018.

Sorgo- a produção de sorgo no Brasil em 2018 foi de 813.856 toneladas, 6,81% superior à safra de 2017. A Região Centro Oeste é a maior produtora de sorgo do Brasil, produzindo 41,62% da safra nacional em 2018, seguida pela Região Sudeste (30,05%) e Nordeste (24,73%). O principal produtor de sorgo do Brasil é o Estado de Goiás, produzindo 31,44% da safra nacional de sorgo; Minas Gerais é o segundo maior produtor de sorgo no Brasil, com participação de 26,62% na produção total. São Paulo foi o estado com maior crescimento na produção de sorgo entre 2017/2018, uma majoração de 52,45%, seguido do Estado do Tocantins, com um aumento de 46,34% em 2018 m relação à safra anterior.
ESTADOS
O Estado de Mato Grosso é o maior produtor de grãos do Brasil, sua produção de 60.818.894 toneladas equivale à 26,86% do total da safra brasileira de grãos em 2018. Mato Grosso é o maior produtor brasileiro de: Algodão (64,55%); Girassol (68,26%); Milho (32,17%); Soja (26,82%). Observa-se que a segunda safra de milho no Estado de Mato Grosso representa 46,50% da segunda safra nacional de milho em 2018. A produção de grãos do estado de Mato Grosso é 73,37% maior que a do Estado do Paraná, segundo maior produtor nacional, que, com uma produção de 35.081.114 toneladas, participa com 15,49% da produção de grãos do Brasil.
No Estado do Paraná, segundo maior produtor de grãos do Brasil, a soja representa 54,92% e o milho 33,82% de sua produção total em 2018, juntas, estas duas culturas correspondem à 88,74% da safra de grãos do Paraná em 2018.
A soja representa 52,98% da produção de grãos do Rio Grande do Sul, que é o terceiro maior produtor do país; o arroz é o segundo grão mais produzido no estado, correspondendo à 25,38% do total de grãos produzidos no Rio Grande do Sul, que é o maior produtor nacional de arroz, com sua produção equivalendo à 71,59% da produção brasileira de arroz em 2018.

PROGNÓSTICO PARA A SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS 2019


De acordo com dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a área de grãos na safra 2019 deverá ser de aproximadamente 62.198.584 hectares, que produzirão cerca de 233.435.859 toneladas, um aumento de  3,08% na produção em relação à 2018. Este incremento é esperado em decorrência da maior produção de: milho 2ª safra (11,1%); algodão (6,6%), que deverá ter o maior acréscimo de área plantada (17,1%); feijão 2ª safra (6,2%); milho 1ª safra (2,6%); feijão 3ª safra (2,4%); soja (0,8%).
Algodão – estima-se uma área plantada de 1.344.310 hectares 17,1% maior que a anterior, com produção de 5.257.907 toneladas, 6,6% superior à safra de 2018; a produtividade média esperada é de 3.911 Kg/ha, ficando 8,9% abaixo da produtividade de 2018.
Arroz – o prognóstico para o arroz é de uma produção de 11.169.091 toneladas em 2019, obtidas em uma área colhida de 1.753.655 hectares. Aponta-se para uma redução de área (-6,2%) e produção (-4,8%), contudo, o rendimento médio deverá se elevar 1,4%, alcançando 6.369 Kg/ha.
Feijão 1ª safra – a área plantada de feijão 1ª safra em 2019 deverá ser de 1.664.476 hectares, 5,8% menor que na safra anterior. A produção, com queda de 10,8%, tem previsão de 1.350.528 toneladas, com um rendimento médio de 820 Kg/ha, 6,4% inferior que o rendimento do ano anterior.
Feijão 2ª safra– com um aumento de 2,4% em relação à safra de 2018, a área de feijão de 2ª safra em 2019 está estimada em 1.100.428 hectares. Sua produção prevista é de 1.065.305 toneladas, 6,2% maior que no ano anterior. Sua produtividade está estimada em 968 Kg/ha.
Feijão 3ª safra – a produção de feijão 3ª safra em 2019 deverá ser de 467.446 toneladas, 2,4% maior que na safra anterior. Sua área prevista é de 180.649 hectares, 1,8% superior à de 2018. O rendimento médio previsto é de 2.588 Kg/ha.
Milho 1ª safra – a previsão é de uma produção de 26.403.574 toneladas de milho na 1ª safra de 2019, um incremento de 2,6% em relação à safra anterior. Sua área plantada está estimada em 4.989.105 hectares, 0,1% maior que a de 2018. Estima-se a produtividade média do milho 1ª safra em 5.346 Kg/ha, 1,3% mais que no ano anterior.
Milho 2ª safra – a área esperada para a 2ª safra de milho em 2019 é de 12.011.036 hectares, um aumento de 4,6% sobre o ano anterior. Estima-se a produção de milho em 2ª safra em 2019 em 61.820.331 toneladas, valor 11,1% maior que em 2018. Seu rendimento médio está estimado em 5.147 Kg/ha.
Soja – a área colhida de soja em 2019 está prevista em 35.600.114 hectares, 2,1% maior que sua área na safra 2018. O prognóstico é de uma produção de 118.779.088 toneladas, um aumento de 0,8% em relação à safra passada. O rendimento médio da cultura, entretanto, tem previsão de ser 1,2% menor que em 2018.

COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL E DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO / 2018


De acordo com os dados do MDIC – Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, as exportações brasileiras em 2018 alcançaram US$ 239.889.209.541, resultado 10,17% superior ao do ano anterior. Na série histórica das exportações brasileiras, este resultado é inferior apenas aos anos de 2011/2012/2013.
As importações do Brasil em 2018 somaram US$ 181.230.568.862, um incremento de 20,22% em relação a 2017. O resultado da Balança Comercial Brasileira em 2018 foi um saldo positivo de US$ 58.658.640.679; este valor, todavia, é 12,44% inferior ao do ano anterior.
As exportações de produtos básicos representaram 49,73% das exportações totais do Brasil em 2018, os produtos semimanufaturados equivaleram à 12,74% e os manufaturados compunham 36,08%.
A soja em grão é o produto mais exportado pelo Brasil em 2018, somando US$ 33.190.826.486, o que representa 13,84% das vendas externas efetuadas pelo país neste ano. O farelo e os resíduos da extração do óleo de soja somam ainda US$ 6.697.347.476, com participação de 2,79% no total de exportações; e há, ainda, o óleo de soja, com exportações de US$ 1.025.356.795. Observa-se então, que as exportações somadas de grão, óleo, farelo e resíduos da soja alcançam US$ 40.913.530.757. Deste modo, conclui-se que o Complexo Soja é responsável por 17,06%  do total das exportações do Brasil em 2018.
Houve um aumento de 28,97% nas exportações brasileiras do Complexo Soja em 2018, em relação ao ano de 2017: a soja em grão teve um incremento de 29,06%; o farelo e os resíduos da extração do óleo de soja tiveram um acréscimo de 34,67%; e o óleo de soja em bruto obteve crescimento de 4,79%.


A carne de frango foi o terceiro produto do Agronegócio, e o sexto no total, mais exportado pelo Brasil em 2018. Suas vendas externas somaram US$ 5.884.971.747, com participação de 2,45% no conjunto das exportações. As exportações brasileiras de carne de frango tiveram uma queda de 8,45% entre 2018 e 2017.
A exportação de carne bovina do Brasil em 2018  foi de US$ 5.458.166.477, valor 7,66% superior ao do ano anterior. Sua participação no total das exportações brasileiras foi de 2,28%.
O açúcar de cana é o nono produto mais exportado pelo Brasil em 2018, suas vendas somaram US$ 5.390.330.169 e sua participação nas exportações em 2018 foi de 2,25%.
A China foi o principal comprador dos produtos de exportação do Brasil em 2018! As vendas externas do Brasil para a China totalizaram US$ 64.205.647.058, o que representou 26,76% do total das exportações brasileiras em 2018. O valor exportado pelo Brasil para a China em 2018 teve um acréscimo de 35,20% em relação ao ano de 2017.

A soja é o principal produto exportado pelo Brasil para a China, em 2018 suas vendas foram de US$ 27.342.586.076,. representando 42,59% das exportações brasileiras para a China. Do total de soja exportada pelo Brasil, 82,38% são compradas pela China.
A celulose é também um importante produto do Agronegócio brasileiro exportado para a China, que consumiu 42,38% das vendas externas de celulose pelo Brasil em 2018. A China é, ainda, a maior compradora de carne bovina do Brasil, com US$ 1.486.827.897 em compras em 2018, o que representou 27,24% do total de carne bovina exportada pelo Brasil. A China é a segunda principal compradora da carne de frango exportada pelo Brasil, em 2018 foram US$ 799.702.232, equivalente à 13,59% das vendas externas da carne de frango brasileira, destacando-se que o principal comprador, a Arábia Saudita comprou somente 0,07% mais carne de frango brasileira que a China. Importa ressaltar que, do comércio bilateral entre Brasil e China, resulta um saldo positivo de US$ 29.475.619.895.
Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil em 2018. As exportações brasileiras para os Estados Unidos em 2018 somaram US$ 28.774.085.275, contudo, o resultado da Balança Comercial entre Brasil e Estados Unidos apresenta um saldo negativo de US$ 193.689.373 para o Brasil.
No Brasil, os estados da Região sudeste são os principais exportadores, juntos, respondem por 54,86% das exportações do país. O maior de todos os estados exportadores do Brasil é São Paulo, seguido pelo Estado do Rio de Janeiro. 



O Estado de São Paulo, é responsável por 27,26% das exportações do Brasil em 2018, o Estado do Rio de Janeiro participa com 13,98%  das exportações nacionais.
O Brasil possui 2.071 municípios exportadores, o que representa 37,18%  dos 5.570 municípios brasileiros (IBGE, 2018). Dentre os municípios exportadores, 47 deles (2,27%) exportaram em 2018  valores superiores à US$ 1 bilhão.  O município do Rio de Janeiro é o maior exportador do Brasil, com vendas externas que somam US$ 13.152.416.581, equivalente 5,48% do total exportado pelo país em 2018. Neste contexto, municipal, São Paulo é o segundo maior exportador brasileiro, com exportações que alcançaram US$ 12.958.184.069, o que representa 5,40% do total das exportações brasileiras em 2018.


O Agronegócio brasileiro exportou US$ 101.685.810.977 em 2018, um recorde, e um valor 5,91% superior ao do ano anterior, equivalente à 42,39% do total das exportações brasileiras em 2018. Da Balança Comercial do Agronegócio do Brasil resulta um saldo de US$ 87.648.219.620, valor 49,42%  maior que o saldo da Balança Comercial Brasileira.


É importante ressaltar que, historicamente, o saldo da Balança Comercial do Agronegócio brasileiro sempre foi superavitário, agregando valores essenciais ao saldo comercial do país.
A China é também o principal comprador do Agronegócio brasileiro, o valor de suas compras, de US$ 35.594.894.204, representa 35% do total das exportações do Agronegócio do Brasil; as vendas externas do Agronegócio brasileiro para a China representam 55,44%  das exportações totais brasileiras para este país em 2018. A União Europeia é o segundo maior importador de produtos do Agronegócio brasileiro, com compras de US$ 17.814.686.872, que representam 17,52% das exportações do Agronegócio em 2018.


Observa-se que do saldo da Balança Comercial Brasileira em 2018, de US$ 58.658.640.679, a China foi responsável por US$ 29.475.619.875, o que representa 50,24% do total. Destaca-se que as exportações brasileiras para a China, no período compreendido entre 2017 e 2018, tiveram um acréscimo de 35,20%; no mesmo intervalo de tempo, o saldo da Balança Comercial Brasileira com a China aumentou 46,16%.
De acordo com os dados do Sistema Agrostat,do Ministério da Agricultura, as carnes são o segundo produto do Agronegócio brasileiro mais vendido no exterior, alcançando US$ 14.700.679.454 em 2018, representando 14,46% das exportações do Agronegócio do Brasil e 6,13% do total das exportações brasileiras em 2018.  Os produtos florestais são o terceiro mais exportado pelo Agronegócio brasileiro, suas vendas externas em 2018 somam US$ 14.150.679.454, o que equivale à 13,92% do total das exportações do Agronegócio do país e 5,90% das exportações brasileiras em 2018.
Segundo o banco de dados do MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Serviços e Comércio Exterior, os dez principais produtos exportados pelo Agronegócio brasileiro em 2018 somam US$ 76.844.174.424, o que, isoladamente, representa 32,87% das exportações do Brasil neste ano.


Em relação às regiões globais, a Ásia é a principal compradora dos produtos exportados pelo Brasil, em 2018, as vendas externas brasileiras para a região alcançaram US$ 93.497.532.448, equivalente à 38,98% das exportações totais do país. A Europa foi o destino de 20,14% das exportações brasileiras em 2018, devendo-se considerar que, do total de US$ 48.316.692.740  exportado para a Europa 87,20% têm como destino a União Europeia, 3,43%  são destinados à Rússia e 9,38% foram para demais países europeus fora da UE.



Dos valores exportados para a Ásia, as exportações para a China correspondem à 68,67%. Das exportações do Brasil para a América do Norte, o Estados Unidos é responsável pela aquisição de 78,54%; o México, por 12,30%; e o Canadá, 9,16%.
O Mercado Comum do Sul – Mercosul é o comprador de 59,32% das exportações brasileiras para a América do Sul; a Argentina, que recebe US$ 14.951.216.908 em produtos exportados pelo Brasil, possui 42,42% de participação na compra de produtos brasileiros exportados para a América do Sul e 71,52%  do total de importações do Brasil feitas pelo Mercosul.  O Chile é também um importante comprador dos produtos exportados pelo Brasil para a América do Sul, sendo o quinto maior importador de produtos brasileiros, suas compras equivalem à 18,13% do total das exportações brasileiras para a América do Sul.

SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS 2019

Fonte de dados: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística / LSPA – Levantamento Sistemático da Produção Agrícola  / Janeiro de ...