O último levantamento da safra nacional de grãos, realizado em julho/2016 pelo IBGE totalizou 188.950.699 toneladas. Este valor é 9,76% inferior ao obtido na safra 2015 (209,4 milhões de toneladas), o que representa aproximadamente 20,4 milhões de toneladas a menos em grãos. Ressalta-se que a área colhida foi 0,07% maior em 2016, em relação à 2015, passando de 57.586.161 de hectares para 57.627.847. Deste modo, esta redução de volume de produção ocorreu efetivamente em função da queda na produtividade, decorrente de fatores climáticos ocorridos durante a safra. Em Mato Grosso, de acordo com dados do IBGE, as chuvas se encerraram mais cedo, contrapondo-se às expectativas dos produtores, que por sua vez plantaram fora da janela ideal, principalmente o milho segunda safra e o feijão, que tiveram as maiores perdas.
Neste cenário, arroz, milho e soja respondem por cerca de 92,5% da produção e 87,5% da área colhida. A soja teve uma produção inferior em 0,9% em relação ao ano anterior, o arroz teve um decréscimo de 14,7% e o milho obteve uma produção 20,5% menor que em 2015.
A maior parte da produção agrícola brasileira ainda concentra-se nas regiões Centro Oeste e Sul, juntas respondem por aproximadamente 80% da produção brasileira de grãos. Todavia, estas regiões tiveram decréscimos substanciais em suas produções, 13,7% na Região Centro Oeste e 3% na Região Sul.
Entre os estados, Mato Grosso continua como líder nacional, respondendo por 24,1% da produção nacional de grãos; o Paraná coloca-se em segundo lugar no ranking da produção, com 19,1% e o Rio Grande do Sul com 16,6%. Destaca-se que estes três estados produzem o equivalente a 59,8% dos grãos colhidos no Brasil.
