Brasil: a necessidade de estratégias e investimentos que fomentem o conhecimento.
Acredito que ações estrategicamente adotadas são essenciais para quaisquer empreendimentos orientados a resultados. Essa é, na verdade, a grande questão: definição de estratégias para a obtenção de resultados ótimos. Esta deve ser a premissa para o sucesso de qualquer empreendimento e também para o setor público, em qualquer que seja a esfera.
Não há mais muros, o mundo é um grande quintal. Ouvimos falar da Índia como se fosse o bairro vizinho, temos noção de grande parte dos acontecimentos na antes fechada China, nos recônditos da Amazônia sabe-se dos problemas políticos e econômicos do Estado do Rio de Janeiro. Dissemina-se velozmente a informação e os filtros se fazem necessários.
É um momento onde informar-se é tão fundamental, que pode significar a sobrevivência ou não de uma empresa no mercado, ou mesmo pode fazer a diferença entre a inserção ou não de um indivíduo no mercado de trabalho, ou sua manutenção no emprego. Informação é hoje o grande diferencial, mais ainda, é imperativo saber lidar com o gigantesco volume de informações produzidas na era do Big Data, extrair de um conjunto incomensurável de informações aquelas que sejam efetivamente úteis à determinada ação.
Assim se criam estratégias: delineado determinado objetivo, são colhidas informações diretas e indiretas sobre o universo que o cerca, de modo que, estabelecidas suas relações, será constituído um cenário do que se pretende alcançar. Fala-se em intensificação e escala....ser escalável é um grande passo para o sucesso de um empreendimento...o mundo ficou mais fácil de ser alcançado.
É neste ponto que dedico-me à uma determinada estratégia, aquela que considero mais importante que todas: a estratégia para o desenvolvimento do conhecimento. Neste sentido, determinados fatores são essenciais e direcionam o desenvolvimento pessoal, empresarial e governamental no mundo atual: P&D - Pesquisa e Desenvolvimento. Foi possível um aumento de produção de grãos no Brasil de aproximadamente 510% com uma ampliação de apenas 86,10% na área colhida entre 1975 e 2017 em decorrência destes fatores que se consubstanciaram formando um conhecimento que tornou exequível este fomento na produtividade.
No mundo sem muros, as estatísticas demonstram que países que adotaram políticas públicas de investimentos em P&D são mais desenvolvidos econômica e socialmente. Israel lidera os investimentos em P&D em relação ao PIB com 4,3%; a Coreia do Sul, segunda no ranking, investe cerca de 4,2%; em terceiro vem o Japão aplicando 3,3% de seu PIB em P&D. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação esta relação se encontrava em 1,24% em 2015. Ou seja, definitivamente esta ainda não é uma estratégia para o país agregar valor ao trabalho de sua população, aos serviços prestados e aos produtos produzidos. Neste sentido, observa-se ainda que 50% do investimento em P&D é público (70,31% Federal; 29,69% Estadual) e a outra parte, privada.