Em 2017, oAgronegócio brasileiro exportou US$ 96.014.240.324, representando 44,10% do total exportado pelo país. As importações do Agronegócio, neste mesmo ano, somaram US$ 14.152.999.527; desta conta corrente, que alcançou o valor de US$ 110.167.239.851, foi gerado um saldo positivo de US$ 81.861.240.797. Este é o segundo maior saldo da balança comercial do Agronegócio, tendo o primeiro sido alcançado em 2013, com o valor de US$ 82.907.206.582. Ressalta-se que, em 2017, o saldo total da balança comercial brasileira foi superavitário em US$ 66.989.724.128, obtido essencialmente em função do saldo gerado pelo Agronegócio.
Nos últimos 20 anos, as exportações do Agronegócio aumentaram em 345,43%, índice superior ao do crescimento do total das exportações brasileiras, que alcançou 325,77%. Observa-se que, neste período, as exportações do Agronegócio representaram, em média, 40,45% da pauta de exportação do Brasil, obtendo, em 2015 sua maior participação, 46,16% do total.
Outro ponto importante, neste contexto, é que o saldo do Agronegócio foi sempre positivo, como demonstrado no gráfico acima, acrescentando valores à balança comercial brasileira. Ressalta-se ainda que, nestes últimos vinte anos, excetuando-se os anos de 2005 e 2006, o saldo do comércio exterior do Agronegócio foi sempre superior ao saldo comercial brasileiro.
É possível destacar também que entre 1998 e 2017, a conta corrente do comércio exterior do Agronegócio teve um aumento de 272,18%, superior ao crescimento da conta corrente brasileira que foi de 238,36%.
No gráfico abaixo pode ser observada a maior estabilidade das exportações do Agronegócio em relação às exportações brasileiras em sua totalidade. Na sequência, gráfico com os dez maiores estados exportadores do Agronegócio brasileiro.
O gráfico abaixo demonstra a evolução das exportações dos cinco principais estados exportadores do Agronegócio brasileiro nos últimos vinte anos. Fonte: MIDC
Destaca-se a evolução das exportações do Estado de Mato Grosso em relação aos demais estados. No período de 20 anos, suas exportações cresceram 1.561%, saindo da última posição no ranking dos cinco principais, para o segundo lugar. SP teve um crescimento de 240%; PR de 238%; RS de 162%; e MG de 244%. O salto nas exportações de Mato Grosso é decorrente, essencialmente, da expansão das lavouras de soja no estado, vejamos que, em 1997, o estado exportou US$ 926.526.443; deste total, US$ 787.920.963, ou 85,04%, equivalia ao complexo soja (óleo, farelo e soja em grão). Em 2017, Mato Grosso exportou ao todo US$ 14.728.002.577, sendo o complexo soja responsável por US$ 8.957.744.874, representando 60,82% do total. Ainda que as exportações do estado tenham se diversificado, a soja é o produto hegemônico nas vendas externas de Mato Grosso, como demonstrado no gráfico abaixo. Fonte: MAPA
O milho vem aumentando em importância anualmente, não só no contexto produtivo do Estado de Mato Grosso, mas especialmente como produto de exportação, contribuindo para minimizar a dependência quase exclusiva da soja na pauta de exportação estadual. O gráfico abaixo demonstra este crescimento.
No gráfico abaixo demonstra-se o crescimento do milho como produto de exportação do Estado de Mato Grosso em relação ao conjunto das exportações do Agronegócio no estado e do complexo soja.
O gráfico acima apresenta a participação do milho e do complexo soja nas exportações do Agronegócio do Estado de Mato Grosso. Observa-se que o milho ganha espaço na pauta de exportação estadual, enquanto a soja vai diminuindo sua participação, sendo, entretanto, ainda hoje, hegemônica.
Neste contexto, o Mato Grosso tem aumentado substancialmente sua participação nas exportações brasileiras. Em 1998, os produtos exportados por Mato Grosso representavam cerca de 1,28% do total brasileiro, em 2017 esta relação foi de 6,76%, um aumento de aproximadamente 430%, obtido exclusivamente em função da expansão do Agronegócio no estado.
O gráfico abaixo demonstra a relação entre a exportação do complexo soja e a exportação total do Brasil. É possível perceber a evolução deste complexo, que envolve a soja em grão, o farelo de soja e o óleo de soja. Ressalta-se, ainda, que há maior estabilidade em suas vendas externas que o conjunto das exportações do país, enfatizando-se o salto apresentado em 2005 nas vendas externas do complexo.